Cerca de 20% das mulheres portuguesas abdicariam de um ano de vida para atingir o seu ideal de beleza. Estes são os dados mais recentes encomendados pela Dove para compreender o papel da imagem na atualidade e o impacto da autoestima nas mulheres e raparigas de hoje. No 20.º aniversário da famosa Campanha pela Beleza Real, a marca que já conquistou a lealdade dos portugueses continua a desafiar a forma como as mulheres são representadas nos meios de comunicação social, lutando contra padrões irrealistas de beleza e ajudando a construir a confiança e a autoestima em milhões de jovens portugueses.
Embora os ideais de beleza e de imagem corporal se tenham diversificado ao longo dos anos, seis em cada dez mulheres têm baixa autoestima. Os números não mentem e indicam que apenas 38% das mulheres estão satisfeitas com a sua aparência. A pressão para atingir a “perfeição” é tão intensa que duas em cada 10 raparigas até aos 18 anos estariam dispostas a sacrificar até cinco anos de vida para alcançar o corpo ou aparência ideal. Por consequência, a insatisfação com a aparência tem levado a comportamentos alimentares negativos.
- 52% das mulheres já saltaram refeições
- 36% das mulheres deixaram de comer mesmo quando tinham fome
- 39% das mulheres abdicaram de fazer publicações nas redes sociais por não se sentirem confortáveis na sua pele
Entre as camadas mais jovens, 60% evitam vestir o que realmente querem por não se sentirem bem com o próprio corpo, e 33% das raparigas inibem-se de responder a perguntas na sala de aula, mesmo sabendo a resposta, por falta de confiança. Para quebrar este círculo vicioso, é importante impulsionar o amor-próprio em todas as gerações de mulheres e raparigas. É urgente transformar a beleza numa fonte de confiança e não de ansiedade, promovendo a discussão sobre temas que afetam a autoestima das portuguesas.
Promover a autoestima em todas as idades
Por essa mesma razão, nasceu o Dove Projeto pela Autoestima. Este projeto foi implementado, pela primeira vez, em Portugal, em 2019, e dirige-se às camadas mais jovens através de um programa feito em parceria com um trio de psicólogas da Faculdade de Psicologia do Porto e a EPIS (Empresários pela Inclusão Social), e que é dado por professores na disciplina de cidadania de turmas do 2.º e 3.º ciclos. “Em Portugal, já chegámos a 64.500 alunos nas mais de 400 escolas incluídas no programa, e mais 100.000 jovens, pais e educadores através dos recursos que estão disponíveis online”, afirma Maria Matos, responsável da Dove em Portugal.
No mesmo ano, a Dove ainda lançou o estudo Girls Beauty & Confidence Report (que disse que sete em cada 10 raparigas portuguesas não têm uma autoestima elevada), e, em 2021, a marca divulgou os resultados do Detoxify Beauty (que mostrou que duas em cada três raparigas tentam editar pelo menos um aspeto do seu corpo antes de publicarem uma fotografia). Um ano mais tarde, a Dove voltou a ser pioneira na realização de um estudo sobre body shaming em Portugal, concluindo que duas em cada três mulheres são vítimas de comentários negativos à sua aparência física. Já em 2023, esta focou-se em entender como é que as mulheres portuguesas a partir dos 40 anos experienciam o envelhecimento.
O que influencia a autoestima das mulheres?
- • Até aos 18 anos, um em cada dois jovens dá sobretudo importância à beleza e à felicidade na construção da autoestima
- • A partir dos 40 anos, o equilíbrio emocional é o fator mais importante na autoestima para quase três em cada quatro das mulheres
“Queremos que as mulheres se vejam na sua plenitude e aceitação, na beleza que é ser mulher, na sua autenticidade e unicidade, sem referências de imagens corporais distorcidas e irrealistas. Esse é o principal desafio, seja qual for a idade de quem nos vê”, acrescenta a representante da marca em entrevista. “Temos, por isso, sempre muito presente, temas reais que afetam as mulheres de várias idades independentemente da sua classe social e tentamos que esse seja o motor que nos impulsiona a ir ao seu encontro, mostrando-lhes que não estão sozinhas e que nos preocupamos”, acrescenta Maria Matos.
O papel da imagem na atualidade
Em 2024, um novo relatório sobre o estado real da beleza lançado pela Dove realçou o papel da imagem nos dias de hoje. Atualmente, 61% das inquiridas acreditam que as mulheres que são bonitas têm melhores oportunidades na vida — enquanto, em 2004, apenas 46% tinham essa opinião. “Porque é que vivemos numa sociedade em que o valor de uma mulher é determinado principalmente pela sua aparência e por ideais de beleza não inclusivos e preconceituosos?”, questiona Phillippa Diedrichs, psicóloga do Centro de Pesquisa de Aparência e Imagem Corporal, da Universidade de West England, no estudo.
Sabia que...
As mulheres estão duas vezes mais suscetíveis a sacrificar a inteligência pela beleza, em comparação a 2004?Uma vez que as mulheres e raparigas vivem numa sociedade que sobrevaloriza a aparência física em detrimento de qualidades como a inteligência, o sucesso profissional, as capacidades de liderança, a bondade e a honestidade, não é de estranhar que muitas estejam dispostas a sacrificar estas qualidades para alcançar o “privilégio da beleza”. Independentemente da idade, todas as mulheres devem ter a confiança necessária para se sentirem bonitas. É importante que as mulheres e raparigas de todo o mundo tenham a capacidade de questionar os padrões de beleza da sociedade para definir a beleza nos seus próprios termos.
Embora a relação entre beleza e autoestima não seja linear, a confiança na própria aparência é fundamental. O segredo para as mulheres portuguesas terem uma autoestima mais saudável reside na aceitação do próprio corpo. Convidamos todas as mulheres e raparigas a exibir a sua luz real, autêntica e confiante já no próximo fim de semana de 29 e 30 de junho, no Jardim da Estrela, em Lisboa, das 10h às 18h. Junte-se ao evento gratuito 20 Anos de Beleza Real para celebrar a sua verdadeira imagem, assumindo com respeito e amor-próprio todas as formas, tamanhos, idades e expressões únicas.