Com o programa A2E – Access to Energy a atuar em África, a EDP mantém-se firme no propósito de promover o acesso à energia, de implementar soluções sustentáveis e de reforçar o seu compromisso com as comunidades. Ao mudar vidas, muda o planeta.
Ainda existem mais de 730 milhões de pessoas no mundo inteiro sem eletricidade, 77% das quais na África Subsariana, e 2,4 mil milhões de pessoas sem acesso a cozinha limpa, levando ao aumento do desmatamento e das emissões de gases de efeito de estufa. Este é um problema com forte impacto em muitas comunidades africanas remotas ou em situações vulneráveis, mesmo num continente rico em recursos naturais, especialmente energia solar, que podem (e devem) fazer parte da solução. O “simples” acesso à energia pode, por um lado, contribuir para estimular a economia, a educação e emprego e, por outro, ser um aliado no combate às alterações climáticas. É por este motivo que, para a EDP, a estratégia de impacto social associada à transição energética à escala global tem de passar pelo acesso de todos à energia, não deixando ninguém para trás.
Com o foco na transição energética justa e inclusiva, a EDP continua a reforçar o seu compromisso com as comunidades. Através do programa A2E (Access to Energy), tem vindo a aliar investimento e responsabilidade social, ajudando no combater à pobreza e na promoção do acesso à energia e à eficiência energética em mercados emergentes desde 2011. “Existem profundas desigualdades sociais e grandes necessidades”, sublinha Luís Faria, diretor-adjunto da área de Impacto Social da EDP, responsável pela área de acesso à energia. “Desta forma, empresas como a EDP ou outras instituições vão ajudar a promover um desenvolvimento humano muito mais integral”, conclui. Só na última década, a líder no mercado energético já investiu cerca de 13 milhões de euros, beneficiando mais de dois milhões de pessoas em vários países africanos.
Por um lado, a intervenção do programa A2E tem vindo a ser feita através do investimento em empresas promotoras de soluções sustentáveis nesses mercados, combatendo o uso indiscriminado de combustíveis, como a madeira e o carvão. Destas destacam-se a Rensource, que desenvolve e gere minirredes de energia solar na Nigéria, e a SolarWorks!, que comercializa soluções de energia solar descentralizada para casas e empresas em Moçambique e no Maláui.
Desde 2018, o Fundo A2E realizou quatro edições e destinou 2,5 milhões de euros para apoiar 29 projetos em sete países africanos. A 5ª edição do fundo já está em curso.
Rita Mujovo, habitante na zona da Matola (Moçambique), abre as portas da sua casa. Já não precisa de usar velas porque passou a ter luz, através da energia solar. Graças à SolarWorks!, a vida da sua família mudou: tem a casa iluminada, pode cozinhar à noite, as filhas conseguem estudar e já carrega o telemóvel na habitação.
Por outro lado, esta aposta da EDP tem vindo a ser implantada no terreno através do Fundo A2E, um programa de financiamento que apoia projetos de energia limpa com um impacto direto em áreas tão cruciais como educação, saúde, agricultura, água ou economia local.
Desde 2018, o Fundo A2E realizou quatro edições e destinou 2,5 milhões de euros para apoiar 29 projetos em sete países africanos: Moçambique, Quénia, Angola, Nigéria, Tanzânia, Ruanda e Maláui. Um apoio que se reflete em grandes progressos para muitas comunidades e na melhoria de vida de mais de um milhão de pessoas e que tem continuidade: a 5ª edição do fundo está em marcha para, com uma dotação de um milhão de euros, apoiar mais projetos de acesso a energia renovável em cinco países africanos (Moçambique, Nigéria, Maláui, Quénia e Ruanda).
Nos arredores de Maputo, o pequeno negócio Milena’s Bar ganhou novo ânimo graças a um sistema solar que permite alimentar refrigeradores para conservar e refrescar os alimentos, como testemunha uma das funcionárias: “A loja tem mais clientes. Antes fugiu muita gente, mas agora estamos a recuperar. Não temos falta de energia. Estou muito feliz.”
A cerca de duas horas da capital moçambicana, na região de Matutuíne, o projeto Djabula, promovido pela ONG VIDA, é agora alimentado a painéis solares. Com uma escola de formação, um projeto agrícola, apicultura e uma oficina de artesãs, viu impulsionada a atividade da comunidade, bem como os seus rendimentos.
Instalado na Escola Primária de Hindane (Moçambique), o Viva con Agua Sankt Pauli arrancou em 2021 com um projeto de dessalinização de água. Através de um sistema alimentado a energia solar, permite à comunidade e à escola (cerca de 3.000 pessoas) terem acesso a água potável, reduzindo as doenças geradas por condições insalubres. “Este projeto é um avanço para a escola e para a comunidade”, declara Alúzio Mbjaia, professor e diretor da escola. Os 166 alunos recebem gratuitamente água limpa e segura “e a comunidade comparticipa com um valor simbólico. No início não acreditavam que poderiam converter água salgada retirada de um furo em água potável mas, quando aconteceu, a comunidade sentiu-se muito motivada. “O apoio da EDP foi fundamental”, conclui.
O “simples” acesso à energia pode, por um lado, contribuir para estimular a economia, a educação e o emprego e, por outro, ser um aliado no combate às alterações climáticas.
Ainda em Moçambique, mais a norte, o impacto na educação, eixo fulcral do progresso, também se faz sentir. Presente em vários pontos do país, “é em Nampula que está o coração da Girl Move desde 2014”, refere Joana Leite, responsável por este projeto que “todos os anos alcança cerca de 5.000 jovens moçambicanas”. Uma iniciativa que tem conseguido reduzir significativamente a taxa de desistência escolar por parte das jovens mwarussi (nome dado a meninas na fase de transição para a adolescência), incentivando o seu empoderamento económico e pessoal, como sublinha Delinda Celestino, mentora formada pela Academia Girl Move: “A minha obrigação é instigá-las a não desistirem dos seus sonhos continuando os seus estudos, porque também venho de uma comunidade em que muitas pessoas deixam de estudar. Contribuir para esta causa é muito inspirador.”
Com painéis solares desde 2019, “somos completamente autossuficientes em termos de energia e temos um tanque que aproveita a água da chuva. O apoio da EDP foi absolutamente fundamental neste culminar do que era o objetivo do nosso edifício”, garante Joana Leite.
Kakuma, no Quénia, é o maior projeto de responsabilidade social de uma empresa portuguesa no mundo. Com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados, a EDP aplicou 1,3 milhões de euros e trouxe energia renovável e soluções ambientalmente sustentáveis: os painéis de energia solar bombeiam a água de poços, foi colocado o primeiro poste de iluminação pública num campo de refugiados, a eletricidade já chega às suas casas, a três instituições e aos 800 alunos da escola secundária de Kakuma, 30 mulheres trabalham agora nos dez restaurantes com fornos solares e nasceram três kitchen gardening. É a energia do sol a mudar a vida das mais de 75 mil pessoas que, nesta comunidade, formam um dos maiores campos de refugiados do mundo.
Em 2022, na 4.ª edição do Fundo A2E, o financiamento de um milhão de euros apoiou nove projetos comunitários de energia limpa em Moçambique, Maláui, Nigéria e Angola que beneficiarão cerca de 900 mil pessoas nestes países.
Com acesso às energias renováveis, muitas comunidades passaram a ter água potável, sistemas de refrigeração e de irrigação para promover a agricultura, energia nas maternidades e iluminação pública em casas, escolas e centros de saúde. Melhorias significativas que se refletem na segurança alimentar e no aumento dos rendimentos dos negócios locais.
Mas o trabalho da equipa da EDP vai mais longe. As metas do A2E até 2025 são ambiciosas e preveem um investimento de 20 milhões de euros em empresas e projetos de acesso a energia renovável em países em desenvolvimento. O objetivo é contribuir para a instalação de centenas de milhares de painéis fotovoltaicos descentralizados, equipamentos de eficiência energética e promoção de redes 100% inteligentes.
A área do A2E vai ainda conectar 200 mil clientes e beneficiar um milhão de pessoas, com grande impacto em áreas capitais, como o empoderamento de mulheres, a melhoria das condições de vida e de acesso à educação, saúde e água potável.
Com o ampliar desta missão, a EDP ambiciona, ainda, evitar a emissão de dióxido de carbono até um milhão de toneladas, e garantir um amanhã mais sustentável, inclusivo e justo, em linha com a própria ambição da empresa de ser totalmente verde até 2030. Uma ambição que caminha de mãos dadas com o compromisso social assumido em todas as geografias onde mantém atividade.
Regressar à Página Inicial