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“A sustentabilidade está na essência do nosso negócio”

A Fidelidade está a lançar um conjunto de iniciativas para ajudar a sociedade a mitigar os riscos e a adaptar-se às alterações climáticas: um centro para estudar e gerir os impactos do risco climático, um Fundo Florestal e um plano para a neutralidade carbónica, explica o CEO Rogério Campos Henriques

Os grandes incêndios, as inundações e as secas prolongadas são alguns dos fenómenos extremos que se estão a tornar mais frequentes em Portugal, sobretudo na última década. Neste contexto, a seguradora Fidelidade está a lançar um conjunto de iniciativas que vai além dos compromissos que já tinham sido assumidos pela empresa, no caminho para a neutralidade carbónica. Segundo Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade, “entendemos que tínhamos de desempenhar um papel mais ativo, não só na redução das emissões da Fidelidade, como a ajudar a sociedade, como um todo, a fazer este caminho de mitigação dos riscos e de adaptação às alterações climáticas”. No dia 7 de outubro a seguradora lançou o Impact Center For Climate Change, vai criar um Fundo Florestal e tem um plano próprio para atingir a neutralidade carbónica.

Sustentabilidade é a missão

“Achamos que a sustentabilidade está na essência do nosso negócio, porque a nossa missão é proteger as pessoas, os seus bens, e ajudar os nossos clientes a preparar o futuro”, afirma Rogério Campos Henriques. “Na nossa atividade tivemos sempre a preocupação com a sustentabilidade, embora muito mais na vertente social. Agora estendemos essa atuação à sustentabilidade ambiental, com particular atenção à componente climática”.

Em 2023, explica o responsável, “definimos o nosso Plano Net Zero, com metas, já para 2030, de redução não só das nossas próprias emissões, como das emissões dos nossos fornecedores e dos clientes dos seguros que vendemos, bem como dos investimentos”. Segundo Rogério Campos Henriques, “definimos também um conjunto de iniciativas alargado, que queremos desenvolver para ajudar a sociedade
nesta jornada”. Iniciativas, explica, “como o Fundo Florestal, que nos vai ajudar a mitigar as emissões que não conseguimos reduzir, e o Impact Center For Climate Change (ICCC), que acabámos de criar”, diz.

Traduzir conhecimento em ação

O ICCC, que foi apresentado numa sessão no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, vai ser “um centro de produção de conhecimento, de reflexão, virado para a sociedade civil, em forte colaboração com as universidades e com outras entidades públicas e privadas, e que pretende contribuir para ações e estratégias concretas”. Essas ações e estratégias “serão dirigidas não só àquilo que é a mitigação, ou seja, à redução das emissões – para as quais as empresas têm planos tipicamente até 2050 –, mas a uma variável a que não estamos a dar o peso relevante: a adaptação”, considera o CEO da Fidelidade. “Hoje já estamos a viver as alterações climáticas, sentimo-lo todos os dias. É algo para que temos de nos preparar melhor e temos de contribuir para incentivar a sociedade, os nossos clientes e parceiros, a fazer este caminho de mitigação e de adaptação às alterações climáticas”, conclui.

“A sustentabilidade está na essência do nosso negócio”

Agravamento dos fenómenos

“A Fidelidade está numa posição privilegiada para poder perceber o impacto que as alterações climáticas têm no nosso dia a dia”, afirma o responsável.

“Quando olhamos para Portugal vemos que 18 dos 25 eventos climáticos mais relevantes dos últimos 20 anos ocorreram nos últimos 10 anos”, sublinha Rogério Campos Henriques.

Na sua perspetiva, “é para essa realidade de agravamento progressivo do impacto das alterações climáticas que temos de nos preparar”. Essa capacidade de incentivar comportamentos ambientalmente mais responsáveis vai para além do que o Fundo Florestal e o ICCC possam produzir, e estende-se ao Plano Net Zero, que prevê reduções importantes nas emissões até 2030 e a neutralidade carbónica da Fidelidade até 2050. O impacto principal deste plano não será nas operações da Fidelidade. “Pretendemos reduzir 50% das nossas emissões diretas até 2030”, afirma Rogério Campos Henriques.

Isto porque “a indústria seguradora, sendo uma indústria de serviços, tem uma pegada carbónica inerente ao nosso negócio muito pequena”, explica. “Só 5% das emissões totais pelas quais somos responsáveis têm que ver com a nossa pegada direta, ou seja, com as nossas operações. Os outros 95% têm que ver com os seguros que vendemos e os investimentos que fazemos”.

Impacto social do Plano Net Zero

Onde o Plano Net Zero vai ter maior impacto será “com os nossos objetivos de reduzir em 30% as emissões associadas aos seguros que vendemos e em 40% as emissões associadas aos investimentos que fazemos, isto já até 2030”. Com este objetivo, “vamos ajudar os nossos clientes, sejam as indústrias, sejam as pessoas, a terem uma conduta mais responsável, a reduzirem as emissões”, destaca o CEO da Fidelidade. O mesmo acontece na componente de investimentos, afirma. “Quando as empresas em que investimos reduzirem as suas emissões seremos também beneficiados na nossa componente de investimentos”, conclui Rogério Campos Henriques.