A Fidelidade esteve na Cimeira do Clima da ONU, que termina amanhã, no Azerbeijão, onde anunciou o novo Impact Center for Climate Change e as suas metas de redução de emissões, afirmou nesta última talk João Mestre, diretor de Sustentabilidade da seguradora.
Ocompromisso em reduzir as suas emissões e contribuir para a diminuição do aquecimento global fez da Fidelidade uma das seguradoras mais sustentáveis a nível internacional. Este ano, mais uma vez, uma delegação da Fidelidade foi à Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, a COP29, que termina amanhã em Bacu, no Azerbaijão.
Nesta última Climate Change Talk, João Mestre, diretor de Sustentabilidade da seguradora, explica a mensagem que a Fidelidade foi passar perante os líderes mundiais. “No ano passado, estivemos presentes na COP28, na qual apresentámos o nosso Plano Net Zero. Este ano, aproveitámos a nossa presença na COP 29 para anunciar o lançamento internacional do Impact Center for Climate Change (ICCC)”, afirmou João Mestre. O ICCC “será um centro de conhecimento sobre alterações climáticas que envolve universidades e centros de investigação, com o apoio de especialistas nacionais e internacionais”.
O objetivo do novo centro será “procurar desenvolver o conhecimento sobre a mitigação e a adaptação às alterações climáticas, quer seja para o setor segurador, mas também para a sociedade em geral, porque acreditamos que é crucial dar mais visibilidade ao tema”, explica. “Irá trabalhar sobre o conhecimento do risco ao nível climático, uma área que pensamos que ainda está pouco desenvolvida e que permitirá que a sociedade esteja mais preparada para os efeitos cada vez mais graves das alterações climáticas”, realça o diretor de Sustentabilidade da Fidelidade.
A seguradora Fidelidade tem, desde sempre, pela natureza da sua atividade, integrado a sustentabilidade na sua estratégia de negócio, de uma gestão com responsabilidade social. Como nos recorda João Mestre, “uma seguradora trabalha em prol da coesão e da resiliência da sociedade, protegendo pessoas e bens, e agindo de forma proativa ao nível social”.
Nos últimos anos, a sustentabilidade ambiental tem vindo a tornar-se um tema-chave para a empresa. Para o diretor de Sustentabilidade da Fidelidade, esta evolução tem a sua origem “na tomada de consciência de que uma seguradora tem não só a responsabilidade de reduzir a sua pegada de carbono, como deve apoiar a sociedade na redução das emissões, e na adaptação ao impacto das alterações climáticas”.
Na dimensão da redução da pegada de carbono, a Fidelidade tem em curso o seu Plano Net Zero, de atingir a neutralidade carbónica até 2050, o que inclui objetivos mais amplos: “Reduzir as nossas emissões também ao nível dos seguros e dos investimentos que fazemos.”
Nas duas vertentes, afirma João Mestre, “estamos comprometidos em ser Net Zero até 2050, sendo que, nos investimentos, reduziremos em 40% as nossas emissões até 2030, e nos seguros em 30%, na mesma data”. Este trabalho de mitigação “é crucial para garantir que temos respostas concretas para a redução da pegada de carbono”, afirma.
Segundo João Mestre, “o aumento do aquecimento global está a ter impactos muito significativos na Europa, até em termos de perdas de vidas humanas”. Nos últimos 30 anos, “na Europa, cerca de 85 a 145 mil pessoas perderam a vida devido a eventos climáticos extremos, com 85% destas mortes a resultar de ondas de calor”.
Para o futuro próximo, esta situação vai agravar-se: “Estima-se que de 2030 a 2050 irão ocorrer mais 250 mil mortes devido às alterações climáticas.”
Na Europa, apenas um quarto das perdas económicas derivadas das alterações climáticas está coberto por seguros. Em Portugal, a situação é ainda mais grave.
Ao nível da adaptação às alterações climáticas, João Mestre considera que “a Fidelidade tem a responsabilidade de apoiar os esforços de adaptação das mais diversas formas, incluindo a disponibilização de produtos e serviços que garantam a resiliência dos clientes, e uma política de investimentos que considere a resiliência perante as alterações climáticas”.
Segundo o diretor de Sustentabilidade da Fidelidade, “na Europa, apenas um quarto das perdas económicas derivadas das alterações climáticas está coberto por seguros. Em Portugal, a situação é ainda mais grave. Estima-se que, dependendo do tipo de eventos climáticos, apenas entre 5 e 20% das perdas estejam seguradas.”
Neste contexto, as políticas e o envolvimento da Fidelidade nos esforços em prol da sustentabilidade têm vindo a ser reconhecidos. “A Fidelidade foi considerada a quarta seguradora mais sustentável do mundo e a segunda mais sustentável da Europa pelo ranking da Morningstar Sustainalytics”, realça o responsável.
Outro indicador da notoriedade da Fidelidade nesta área, refere João Mestre, “foi o convite das Nações Unidas para integrarmos um grupo de trabalho – o “Forum for Insurance Transition” – em que se estão a definir as iniciativas e as metodologias que o setor segurador deve promover para reduzir a sua pegada”, conclui o diretor de Sustentabilidade da seguradora.