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Fidelidade vai à COP30 com soluções

A Fidelidade marca presença na COP30, que arranca esta segunda-feira em Belém do Pará, Amazónia. Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade, destaca um espaço dedicado ao setor segurador na Cimeira do Clima e do contributo da seguradora para os desafios climáticos

Fidelidade vai à COP30 com soluções

Cerca de 45.000 delegados vindos de quase 200 países estarão presentes na Cimeira do Clima, que arranca esta segunda-feira, 10 de novembro, e decorre até ao dia 21 de novembro, em Belém do Pará, Amazónia, Brasil.

A Fidelidade estará presente com um painel “Do risco à resiliência: o papel do seguro na ação climática”, bem como na “Casa do Seguro”, o novo espaço dedicado ao setor segurador na COP30.

Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade, salienta o “significado profundo” que tem para a Fidelidade marcar presença na COP30, que desta vez se realiza na Amazónia, o pulmão do mundo e o “símbolo vivo da urgência climática que enfrentamos” como descreve.

A COP30 será a primeira grande cimeira do clima realizada na Amazónia. Que significado tem para a Fidelidade estar presente?

Tem um significado profundo para a Fidelidade. A Amazónia é muito mais do que o cenário de uma conferência, é o símbolo vivo da urgência climática que enfrentamos. É um território que espelha simultaneamente a fragilidade e a resiliência do nosso planeta e representa o epicentro de muitos dos desafios que a COP30 vai debater: desflorestação, perda de biodiversidade, descarbonização, eventos extremos, vulnerabilidade social e económica. Para nós, não se trata apenas de “estar”, mas de contribuir: levar conhecimento, trocar experiências, reforçar alianças e apresentar ferramentas que ajudam a sociedade (e o mercado segurador) a lidar com fenómenos extremos de crescente gravidade. Pela primeira vez numa COP existirá um espaço dedicado ao setor segurador – “Casa do Seguro”, testemunho da importância das seguradoras na ação climática, sendo que a Fidelidade assume essa mesma responsabilidade como agente proativo para a mudança.

O seguro é, por definição, um instrumento de resiliência. Mas hoje, perante a crise climática, esse papel ganha uma nova dimensão. Já não basta compensar perdas depois de um desastre; é fundamental atuar antes, ajudando a prevenir, adaptar e a reconstruir de forma mais robusta.

Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade

O painel da Fidelidade na COP30 chama-se “Do risco à resiliência: o papel do seguro na ação climática”. Qual é o papel do seguro?

O seguro é, por definição, um instrumento de resiliência. Mas hoje, perante a crise climática, esse papel ganha uma nova dimensão. Já não basta compensar perdas depois de um desastre; é fundamental atuar antes, ajudando a prevenir, adaptar e a reconstruir de forma mais robusta.

Em Portugal, este desafio é particularmente relevante devido ao enorme Protection Gap que ainda existe. Segundo a EIOPA, 95% dos riscos em Portugal continuam sem cobertura seguradora, o que nos coloca entre os países europeus mais expostos a perdas não protegidas.

O Impact Center for Climate Change celebra o seu primeiro ano de atividade. Quais os principais resultados alcançados?

O primeiro ano do Impact Center for Climate Change (ICCC) foi decisivo na consolidação da estratégia da Fidelidade para a sustentabilidade. O ICCC estruturou a sua missão. Trabalhámos sobre três áreas prioritárias para o contexto português: incêndios florestais, vulnerabilidade habitacional e inundações, que são hoje alguns dos riscos mais críticos e menos cobertos por seguros. Destaco a criação da Ficha de Risco Climático, uma ferramenta que apoia a análise de vulnerabilidade dos territórios e das habitações; o desenvolvimento de recomendações práticas de atuação em três fases (pré-catástrofe, durante e pós-evento) para melhorar a resposta coletiva a fenómenos extremos; e o lançamento das Bolsas de Investigação de Mestrado. Estamos também a ultimar um estudo aprofundado sobre incêndios florestais, que será um contributo relevante para compreender melhor este fenómeno e apoiar políticas públicas e privadas de mitigação e adaptação.

A Fidelidade anunciou estratégias Net Zero e Nature Positive. Que metas estão definidas?

A Fidelidade assumiu objetivos que são transversais a toda a cadeia de valor, pretendendo atingir a neutralidade carbónica até 2050, nos seus investimentos e carteiras de seguros, e até 2040 nas suas operações, que comprometem de forma clara o Grupo com a ação climática que é necessária para cumprirmos o Acordo de Paris.

Definimos metas intermédias até 2030: reduzir em 50% as emissões operacionais, 40% na carteira de investimentos e 30% na carteira de seguros, relativamente aos níveis de 2022.

Ao nível da natureza temos vindo a implementar a nossa estratégia Nature Positive, tendo em 2025 concluída a primeira análise de impactos e dependências das nossas operações diretas em Portugal.

Já a nova sede da Fidelidade em Lisboa será um marco muito relevante na melhoria da performance ambiental das operações do Grupo, tendo os padrões de sustentabilidade mais elevados do mercado, atestados pelas certificações LEED e WELL, ambas atingindo o nível máximo – Platina.

O Fundo “Florestas de Portugal” é apontado como uma das vossas apostas mais emblemáticas. Que impacto poderá ter este projeto?

O Florestas de Portugal é um projeto estruturante para a Fidelidade. Foi criado ao abrigo do Artigo 9.º do regulamento europeu SFDR, o mais exigente em matéria de sustentabilidade, e contribui de forma clara para a nossa estratégia Nature Positive. O Grupo Fidelidade tem já um compromisso de investimento de 12 milhões de euros e pretende-se que outros investidores institucionais se juntem à Fidelidade para potenciar o impacto gerado a nível nacional.

O fundo realizou já os seus primeiros investimentos, incluindo propriedades integradas em planos de gestão florestal e zonas de intervenção florestal (ZIF), e atua em alinhamento com planos regionais de defesa da floresta contra incêndios.

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