O Impact Center For Climate Change, da Fidelidade, lançado oficialmente no passado dia 7 de outubro, vai fazer investigação sobre alterações climáticas, o que ajudará a mitigar riscos e propor adaptações eficazes a fenómenos climáticos extremos, destaca Rui Esteves, diretor de Estatística e Estudos Técnicos da Fidelidade.
Pela primeira vez, Portugal tem um centro de conhecimento sobre alterações climáticas, o Impact Center For Climate Change (ICCC), que foi lançado pela Fidelidade no dia 7 de outubro. É “uma iniciativa da Fidelidade para promover a ação climática”, afirma, em entrevista, Rui Esteves, diretor de Estatística e Estudos Técnicos da Fidelidade e co-coordenador do novo centro. “O ICCC pretende desenvolver conhecimento, em articulação com diversas entidades e stakeholders, para promover investigação, disseminar informação e melhorar a forma como o risco relacionado com as alterações climáticas é gerido”, refere o responsável.
Com o Impact Center for Climate Change, a Fidelidade vai contribuir para a prevenção e para gerar ação na diminuição do risco climático. “Portugal tem um protection gap de 95%, isto significa que, das perdas severas causadas por eventos naturais, os seguros apenas cobrem 5%. O que nós queremos é alargar o risco que estamos a cobrir. Mas temos de o fazer de uma forma gerida e para isso temos de conhecer o comportamento climático para fazer os produtos adequados e as tarifas certas”, destaca Rui Esteves. “Como vamos fazer? Primeiro controlando e minimizando as emissões de gases estufa relacionados com a nossa atividade, promovendo produtos e soluções de seguros que permitam reduzir o protection gap, e, depois, interagindo com clientes, sejam particulares ou empresas, para reduzir as suas vulnerabilidades a estes eventos e com entidades governamentais e outras, para encontrar soluções estruturais.”
Incêndios, vulnerabilidades das habitações e inundações são as áreas prioritárias do ICCC. “São três áreas de investigação bastante diferentes, mas todas elas bastante críticas em Portugal”, assinala Rui Esteves. “Com esse foco na investigação, podemos compreender a forma como esses riscos estão expostos às alterações climáticas, pretendemos usar essa informação para fazer uma gestão da nossa carteira de seguros, desenvolver produtos e tornar as tarifas mais justas; pretendemos interagir com os nossos clientes, empresas e particulares, e com a sociedade geral no sentido de, perante uma melhor classificação das alterações climáticas, ajudá-los a protegerem- se.”
A criação do Impact Center for Climate Change vem alinhada numa “preocupação que a Fidelidade tem com a sustentabilidade, com toda a amplitude do desafio relacionado com as alterações climáticas e também de considerarmos que as seguradoras têm um enorme potencial para contribuir para toda esta ação climática”.
Portugal tem um protection gap de 95%, isto significa que, das perdas severas causadas por eventos naturais, os seguros apenas cobrem 5%. O que nós queremos é alargar o risco que estamos a cobrir.
Para a Fidelidade, é de enorme importância a colaboração com parcerias externas do ICCC para mitigar os riscos e reforçar o combate a estes fenómenos causados pelas alterações climáticas. “Vamos interagir com universidades, centros de investigação, organismos públicos, administração local, clientes, particulares e empresas, seguradores, resseguradores. E para nos guiar em todo este processo, o Impact Center for Climate Change conta com seis membros do Conselho Consultivo, de três nacionalidades distintas, todos eles especialistas em temas relacionados com alterações climáticas”, afirma Rui Esteves. “Esta tarefa é particularmente complexa. Teremos de interagir com todos os interessados para perceber todo o trabalho que já foi feito e contribuir para que sejam articulados com os esforços do Impact Center e se possa acrescentar conhecimento”, conclui o diretor de Estatística e Estudos Técnicos da Fidelidade. Será um inegável contributo para a ação climática.