Por exemplo, desde 2018, a elétrica nacional já angariou quase 8.700 milhões de euros em obrigações verdes. Hoje, são o principal instrumento de financiamento da empresa.
Para todas as empresas que optam por se financiar no mercado da dívida verde, estes títulos conferem uma série de vantagens. Permitem alavancar a imagem da empresa no plano da sustentabilidade, pois o capital angariado através destes instrumentos tem de ser aplicado em projetos que promovam o clima e o ambiente. As obrigações verdes têm cada vez maior procura por parte dos investidores, o que facilita a sua colocação no mercado e permite obter custos de financiamento mais baixos.
Na estratégia ESG seguida pela elétrica portuguesa, a primeira letra E, de Environmental (Ambiente), está relacionada com a transição energética. E a aposta da empresa liderada por Miguel Stilwell de Andrade é no desenvolvimento da produção de energia solar. Esta é uma das principais vias de crescimento da EDP nesta década decisiva para o planeta, em que há uma meta ambiciosa a cumprir: ser 100% verde já em 2030.
“A EDP está bem posicionada para capturar oportunidades de crescimento em energia solar, tanto através de instalações solares em escala quanto descentralizadas. Estamos a investir 24 mil milhões de euros na transição energética até 2025 e pretendemos duplicar a nossa capacidade eólica e solar adicionando 4 GW por ano, dos quais 7% serão em solar DG”, referiu a empresa.
Essa orientação para a energia produzida pelo Sol já trouxe resultados concretos na preservação do ambiente. “Os clientes que se juntaram à energia solar da EDP em 2021 por todo o mundo produziram o suficiente para evitar a emissão de 170.000 toneladas de CO2, o equivalente a mais de 7.000 árvores.”
Social e Governação da elétrica
Na componente Social da estratégia ESG, a EDP lançou o seu programa global de investimento social – EDP Y.E.S. – You Empower Society, através da qual investirá mais de 300 milhões de euros em projetos de impacto social até 2030.
Um exemplo desses projetos é o Futuro Ativo Sines, criado para apoiar a população mais impactada pelo fecho da central de produção de energia a carvão em Sines através de várias iniciativas de promoção de empreendedorismo, criação de emprego e requalificação profissional em energias renováveis, entre outras opções de apoio social. Ao mesmo tempo, é um projeto que pretende promover a transição energética justa da comunidade, em linha com a estratégia da EDP de reconverter as suas centrais termoelétricas em centros de produção de energia verde e assim reforçar a sustentabilidade da sua atividade e das comunidades com as quais interage.
A elétrica portuguesa lançou também a quarta edição do Fundo A2E (Acesso à Energia) em abril deste ano, com o dobro do financiamento: 1 milhão de euros para apoiar projetos de energias renováveis que promovam o desenvolvimento ambiental, social e económico das comunidades rurais em cinco países africanos – Moçambique, Nigéria, Malawi, Angola e Ruanda. Nas últimas três edições, o Fundo A2E destinou 1,5 milhões de euros a 20 projetos, gerando benefícios diretos e indiretos para mais de 1 milhão de pessoas em sete países africanos, segundo dados da EDP. Finalmente, na frente Governação da estratégia ESG – a que diz respeito à gestão com boas práticas e transparência da empresa –, a EDP tornou-se pioneira em Portugal ao certificar o seu sistema de gestão de compliance, que alinha as necessidades da empresa com a legislação em vigor. Um compromisso que, aliás, voltou a ser reconhecido este ano pelo Ethisphere Institute que distinguiu a EDP pelo 11º ano consecutivo pelas suas boas práticas de gestão e política consistente de ética empresarial – num total de 136 empresas reconhecidas a nível global, a EDP é a única portuguesa.
