Para muitos portugueses, é na altura de comprar casa própria que se deparam pela primeira vez com conceitos como spread e Euribor. Contudo, nem sempre sabem o que são estes elementos que fazem parte da prestação mensal do crédito habitação, e de que forma impactam o valor a pagar.

Na realidade, são estas duas variáveis que determinam quanto vai custar o crédito a cada mês dependendo, por um lado, do perfil de risco do cliente e, por outro, da variação das taxas de juro determinadas pelo Banco Central Europeu.

Mas vamos por partes. De acordo com o Banco de Portugal, cada instituição bancária é livre de aplicar o spread que entender, balanceando um conjunto de critérios que incluem o risco de crédito do cliente, o rácio entre o valor do empréstimo e o valor do imóvel, e o seu custo de financiamento.

Habitualmente, o spread aplicado a um contrato de crédito habitação é fixo, mas poderá ser alterado ao longo do tempo de vigência deste, mediante pressupostos previamente definidos entre banco e cliente, nomeadamente pela subscrição de produtos bancários adicionais, como seguros ou cartões de crédito.

No fundo, pode dizer-se que o spread bancário é a margem de lucro que o banco adiciona à taxa de juro de base, a Euribor. Assim, a taxa de juro do crédito habitação é a soma da Euribor e do spread. Esse spread varia conforme o perfil de risco de cada cliente e as condições oferecidas pelo banco, e o valor do empréstimo e a garantia dada influenciam esta taxa.

Um spread mais alto aumenta a sua prestação mensal, enquanto um mais baixo torna o crédito mais acessível. Por isso, é essencial comparar spreads entre diferentes bancos. Para o fazer, use simuladores de crédito online para calcular a prestação e o custo total com diferentes spreads.