Fidelidade fecha ciclo “Pensar Maior” com ambição e aposta na longevidade
No MEO Arena, perante cerca de quatro mil colaboradores, parceiros e convidados, as lideranças da empresa projetaram os próximos anos: crescimento internacional, transformação de negócio, compromisso com a longevidade, a sustentabilidade e as pessoas.
Um grande cenário para uma ambição maior. O MEO Arena foi o palco escolhido pela Fidelidade para encerrar o ciclo de eventos “Pensar Maior” e projetar o que serão os próximos anos do líder do mercado segurador em Portugal.
Nas palavras que abriram a sessão, o evento foi “um momento para celebrar o caminho percorrido, reafirmar o compromisso com os clientes e olhar para o futuro com ambição e confiança”. Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade, começou por agradecer a presença dos mais de quatro mil participantes e destacou o sentido do encontro: “É um momento especial. Celebramos o que já fizemos, mas, sobretudo, preparamos o que ainda está para vir.”
O balanço e os objetivos
“Crescemos, reforçámos a liderança em Portugal e estamos no top 10 em quase todos os mercados internacionais”, afirmou o CEO, lembrando que o grupo “multiplicou por dez o negócio internacional e conquistou o melhor rating entre as empresas portuguesas”. O reconhecimento pela excelência, acrescentou, “chega também da ação na sustentabilidade – somos a sétima seguradora mundial no ranking da Sustainalytics”.
Com o ciclo “Pensar Maior 2025” a chegar ao fim, Rogério Campos Henriques traçou as metas para os anos seguintes: “Queremos atingir 15 milhões de clientes, alcançar 10 mil milhões de euros em prémios, expandir-nos para três novos países e gerir 25 mil milhões de euros em ativos.” E acrescentou: “Queremos estar no top 5 das marcas portuguesas mais valiosas.” Para o CEO, estes “são objetivos ambiciosos, mas sustentados”.
A inovação, explicou, continuará no centro da estratégia da empresa: “Para nós, a tecnologia nunca foi um fim em si mesmo; é uma ferramenta para reforçar a nossa relação com clientes e parceiros.” Para o CEO, o futuro da Fidelidade dependerá da convivência equilibrada e produtiva entre tecnologia e proximidade: “Vamos investir em inteligência artificial e automação, mas as pessoas continuarão no centro da organização. A confiança, a empatia e o aconselhamento são o coração da relação com o cliente”, disse. Neste contexto, a rede de distribuição – mediadores, corretores e parceiros – surge como “a verdadeira força da Fidelidade”, afirmou. E o desafio para os próximos anos é, para o CEO, claro: “Transformar a experiência do cliente num processo simples, seguro e personalizado, sem perder a parte humana”, resumiu.
A longevidade não é uma escolha – é uma realidade à qual temos de responder
Viver mais, viver melhor
Para o CEO, a longevidade é “um dos fenómenos mais transformadores da nossa era”. A resposta da Fidelidade assenta em três eixos: saúde, assistência e poupança: “Queremos estar fisicamente mais próximos das comunidades, com novas soluções de saúde e medicina”, explicou. Na dimensão da assistência, destacou o projeto SOFIA, “um serviço de cuidados domiciliários premiado internacionalmente”, que irá continuar a crescer. Na poupança, o objetivo é duplicar o peso da Fidelidade: “Hoje, gerimos 3% da poupança dos portugueses; queremos chegar aos 6%. Sem poupança, não há futuro sustentável.” Rogério Campos Henriques deixou um apelo coletivo: “Temos uma visão clara, uma estratégia sólida e algo ainda mais poderoso – uma alma única. Vamos reescrever o futuro juntos e, para que a vida não pare, vamos pensar maior”, afirmou.
Internacionalização como motor de crescimento
André Cardoso, administrador responsável pela área internacional, apresentou uma década de expansão internacional “num contexto global de grande volatilidade”. No entanto, “o negócio internacional tornou a companhia mais forte, mais resiliente e mais preparada para o futuro”, afirmou. Na América Latina, a Fidelidade consolidou posições no Peru e na Bolívia e tornou-se “a sétima maior seguradora do Chile em apenas quatro anos”. Em África, a Fidelidade manteve “liderança em Moçambique, Angola e Cabo Verde, mesmo em contextos adversos”, lembrou o responsável. Hoje, segundo André Cardoso, um terço do negócio da Fidelidade é internacional: “Gerimos 2 mil milhões de euros em prémios e mais de 100 milhões de euros em resultados líquidos.” A ambição, garantiu, “é que 50% da atividade venha de fora de Portugal”. Ou seja: “Estamos mais globais, mais fortes – e apenas a começar”, concluiu.
A máquina invisível
O administrador Miguel Abecasis abordou a transformação interna da Fidelidade. Este responsável recorreu à metáfora do icebergue para explicar a importância da transformação do modelo operativo da companhia: “O que está visível é a experiência do cliente. Mas o essencial acontece debaixo da superfície – é aí que se constrói a eficiência, a inovação e a capacidade de resposta.” Na mobilidade, exemplificou, “25% dos pedidos são resolvidos sem intervenção humana e o tempo médio de atendimento baixou de seis para três minutos”. Para Miguel Abecassis: “Esta máquina invisível é o que permite sermos rápidos e humanos ao mesmo tempo”, afirmou, acrescentando que a Fidelidade está a fazer evoluir os seus ecossistemas de serviços em diversas áreas, “para reforçar a proteção, a poupança e a interação contínua com o cliente”, assumiu o responsável.
Palavra aos acionistas
Num evento com estas características, a Fidelidade contou com a presença e apoio dos seus acionistas, o Grupo Fosun e a Caixa Geral de Depósitos. O presidente da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo, falou enquanto acionista e parceiro histórico. “A relação entre a Caixa e a Fidelidade vai muito além dos números ou do estatuto acionista. Partilhamos valores, visão e confiança”, afirmou. E o contexto, para Paulo Macedo, reforça a relevância do setor: “As alterações climáticas, o envelhecimento e a digitalização aumentam a importância dos seguros adequados.” “Temos a responsabilidade e a oportunidade de continuar a servir melhor”, rematou, recordando que 2026 marcará os 150 anos da Caixa: “Uma história de compromisso e transformação, que queremos celebrar convosco”, disse.
A relação entre a Caixa e a Fidelidade vai muito além dos números ou do estatuto acionista. Partilhamos valores, visão e confiança
Viver com saúde e com dinheiro
Guo Guangchang, chairman do Grupo Fosun, acionista maioritário da seguradora, lembrou que a parceria com a Fidelidade já ultrapassa uma década, destacando o crescimento internacional do grupo e o peso crescente das operações fora de Portugal. A inovação tecnológica e a inteligência artificial, afirmou, “são motores decisivos para o desenvolvimento”.
Guo Guangchang destacou ainda o papel das equipas como principal ativo da organização. “As pessoas são o mais importante. A Fidelidade aumentou a diversidade e a profundidade do seu talento global – e isso é uma das suas maiores forças”, sublinhou. O responsável máximo do acionista deixou uma mensagem de energia e otimismo: “Sinto-me profundamente orgulhoso do caminho que percorremos juntos. Vamos continuar a pensar maior, a inspirar e a criar felicidade. Porque pessoas felizes vivem mais tempo”, afirmou.
A inovação e a tecnologia são motores decisivos para o futuro da Fidelidade
Fidelidade vai criar Fundação We Care Fidelidade
O chairman da Fidelidade, Jorge Magalhães Correia, encerrou o encontro “Pensar Maior 2025” com uma intervenção que ligou memória e propósito. Para o responsável, “pensar maior” significa também ousar e agir com coragem, tendo lembrado decisões marcantes da empresa. A longevidade, tema central do encontro, foi apresentada pelo chairman como um desafio inadiável. “Não é uma escolha – é uma realidade que criámos e à qual temos de responder”, afirmou. Nesse contexto, Jorge Magalhães Correia anunciou a criação da Fundação We Care Fidelidade, que terá como foco “a longevidade e a prevenção das mortes prematuras”, e garantirá que “o contributo social da empresa se torna permanente e duradouro”, concluiu.
Corpo e alma
O chairman falou ainda sobre os valores da empresa, que considera inegociáveis: “Somos autênticos e humildes. Honramos os compromissos e não prometemos o que não podemos cumprir.” Agradeceu o apoio dos acionistas, elogiou as equipas, e falou à rede de mediadores e parceiros “que levam a imagem da Fidelidade a todos os cantos do país”, reconhecendo o papel essencial das pessoas no sucesso da companhia. Antes de terminar, deixou um apelo às empresas: “A sociedade precisa de nós. Os governos não conseguem resolver tudo sozinhos. As grandes empresas têm de ajudar”, sublinhou.
As intervenções dos responsáveis e acionistas durante este evento confirmaram a consolidação da liderança da empresa em Portugal, o reforço da expansão internacional e o compromisso com a inovação, a sustentabilidade e a longevidade. A criação da Fundação We Care Fidelidade e as novas metas apresentadas projetam uma companhia mais global, digital e próxima das pessoas, que quer estar mais preparada para responder aos desafios económicos e sociais dos próximos anos.